quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Power-Budget para o AO-51

Se considerarmos a distância máxima de 3000 quilómetros (satélite no horizonte) e a potência máxima de 1 watt do AO-51, o nível de energia da RF em dBm recebidos numa antena de polarização linear é determinado pelos seguintes parâmetros:

Potência de TX do satélite: +30 dBm (1W)

Perdas de coaxial: 0 dB

Ganho de antena do satélite: +2dBi

Path Loss (3000 kms): -154 dB (para a freq. de 435.300 MHz)

Perda Ionosférica: -1 dB
Nota: O valor da perda depende do ângulo de cruzamento com a atmosfera, a 5º serão 2,5 dB e a 80º serão 0,3 dB em VHF. Aqui usamos um valor fixo de -1dB.

Perda de polarização: -3 dB

Total: -126 dB (0,177 μV em 50 Ohms)

Se usarmos a convenção de 12 dB SINAD para os mínimos de sinal, com um receptor com .18μV de sensibilidade, o nível necessário para a escuta será de -122 dBm.

Com um défice de 4 dB, necessitaremos de fazer algo a nível da recepção. Não se esqueçam de fazer contas ao ganho da antena receptora e às perdas do cabo coaxial. No final, necessitarão de, pelo menos, -122 dBm.

Fonte: AMSAT Journal
Agradecimentos a CT1XI, Mariano Gonçalves, pelas observações e correcções ao artigo.


NOTA: Estas unidades referem-se a dBm, decibéis relativos a um miliwatt ( 1 mW ) de potência dissipada numa impedância resistiva de 50 ohms ( definido como o nível de referência de 0 dB ), e é calculado a partir de 10 LOG ( Pwatts/0.001 ) ou 10 LOG ( PmW ). A escala dBm é usada na descrição de amplificadores e receptores. O ganho da antena é expresso em dBi (isotrópico) e pode ser somado ou subtraído a dBm. Não podemos usar dBm e dBμV da mesma forma.



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