quinta-feira, 5 de abril de 2007

Sunita Williams permanece na ISS

A 15ª Expedição da ISS a estação espacial internacional está pronta para partir.

O comandante Fyodor Yurchikhin e o cosmonauta Oleg Kotov, e ainda o americano Charles Simonyi, antigo sócio da Microsoft, são os tripulantes da 15ª expedição da estação espacial internacional, que vão render o comandante americano Michael Lopez-Alegria e o engenheiro de voo Mikhail Tyurin, depois de uma missão de 6 meses a bordo da ISS. O lançamento terá lugar no dia 7 de Abril, numa nave russa Soyuz TMA-10, que deverá ligar-se com a ISS na madrugada do dia 9 de Abril próximo. A Astronauta americana Sunita Williams permanecerá a bordo por mais 3 meses.

Sunita Williams é uma astronauta, americana, que ficará sempre no coração de algumas crianças das freguesias de Barcarena e Carnaxide. Estas são as primeiras freguesias do concelho de Oeiras e de Portugal (continental e insular) que efectuarem dentro do território nacional, uma comunicação directa e via rádio, com a tripulação de uma nave espacial tripulada.

Estas crianças portuguesas são alunos de três escolas do concelho de Oeiras, elas são parte de vários grupos de alunos do ensino básico e secundário que durante dois anos (durante três anos lectivos consecutivos) sem apoios de nenhuma autoridade educativa e ou autárquica, participaram em diversos programas educativos, promovidos pela AMRAD com toda a cooperação e empenho dos seus professores e direcções escolares. Deste trabalho, cultural e educacionalmente marginal, para alguns, resultou este encontro histórico entre a astronauta americana Sunita Williams (na imagem) com as crianças do concelho de Oeiras.

Um encontro onde as crianças previamente preparadas por professores e monitores do programa, dialogaram com uma astronauta. De referir que esta, como outros astronautas americanos, são autorizados pela NASA a participar no programa educativo da ARISS de que a AMRAD e delegada nacional.

A ARISS é um organismo internacional, que foi fundado pelas agências espaciais americana, europeia, russa, canadiana e japonesa, em conjunto com diversos organismos mundiais de amadores de rádio, mantidos por universidades, investigadores e profissionais de engenharia, que sem fins lucrativos, investigam, desenvolvem e constroem satélites. A AMRAD que tem sede social no concelho de Oeiras, é membro e delegação nacional destes importantes organismos internacionais, a ARISS para apoiar em situação de emergência os astronautas, e com eles, partilharem projectos de educação e investigação científica, e a AMSAT que já construiu e lançou cerca de 83 satélites de estudo e investigação, desde 1969.




A própria AMRAD, no concelho de Oeiras, está a desenvolver em parceria com a AMRASE do Brasil, um projecto educativo de estudo, desenvolvimento, construção e lançamento de um satélite, todo um projecto operacionalizado em língua portuguesa, o satélite tem a denominação de CamõeSat-1.

A AMRAD através do programa da ARISS veio a proporcionar alguns momentos emocionantes de aulas de ciência ao vivo, numa janela aberta para o espaço e o mundo da tecnologia, uma coisa que os meninos e meninas de hoje não dispõem, para aprender ciência e tecnologia. Menos ainda, a oportunidade de comunicar com um astronauta a viver e a trabalhar ao longo de seis meses numa nave espacial tripulada, na órbita terrestre, é coisa que o comum dos mortais não faria com facilidade.

Por motivos conjunturais diversos, infelizmente, pode ser possível que este trabalho da AMRAD com mais de 15 anos de actividade, que é o da Educação e do o Ensino Experimental das Ciências, ou se quisermos, da promoção de outras Culturas, da ciência e tecnologia, a operar dentro do concelho de Oeiras, ao invés de ser considerado, motivado e apoiado, como uma obra e um parceiro essencial para o desenvolvimento cultural das camadas juvenis, venha a morrer, por ser impedido de prosseguir.

Portugal, a Nação e o Povo mais pobre e menos qualificado da União Europeia, ainda padece de tais paradoxos e estados de alma.

Fonte: AMRAD

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