"Quando entramos em gravidade zero a experiência é incrível, é uma combinação entre voar e nadar, voar sem ter asas e nadar sem que nada nos impeça". As palavras são da comandante Sunita Williams, que se encontra a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), e que ontem entrou em contacto via rádio amador com a Escola Secundária de Estarreja.
O diálogo, sempre em inglês, abordou diversos temas. Questionada pelos alunos sobre quais as maiores limitações do espaço, Williams falou da alimentação, "é a maior condicionante, o menu repete-se durante 10 dias e temos de ser criativos na mistura da comida". O espaço é outro dos problemas, pois a ISS "tem o mesmo tamanho de um boeing 747", acrescentou.
Outra das questões colocadas, prende-se com a forma como os astronautas passam o tempo livre. "Gostamos muito de olhar pelas janelas, pois temos uma vista sobre a terra fantástica e aproveitamos para tirar fotografias", realçou. Para além disso, comunicam via Internet com familiares e amigos e ocupam-se com as tarefas diárias destinadas a cada elemento a bordo da estação espacial.
"Foi uma experiência única e enriquecedora, excedeu as nossas expectativas e a comandante era simpática e faladora", disse José Ribeiro, docente de Informática. Durante os nove minutos, cinco elementos (uma docente, três alunos e um aluno externo), com licença de rádio amador, colocaram 10 questões.
"A experiência foi arrepiante, não esperava um contacto tão próximo", exclamou Filipe Lopes, aluno da Faculdade de Engenharia do Porto. "O que mais me impressionou foi a limitação e monotonia alimentar". Na opinião de Teresa Ferrinho, docente de Físico-Química, este contacto "foi benéfico a nível pessoal e educacional, permitindo um contacto ao qual poucas pessoas têm acesso".
Para Pedro Pereira, aluno do 11º ano, foi inesquecível "Desde criança que tenho uma paixão pela astronomia, foi o concretizar de um sonho".
A ligação com o espaço foi realizada através da estação de radio amador da escola e teve uma duração de nove minutos. Durante esse curto período de tempo, a ISS deslocou-se desde o Atlântico Norte, seguindo pela Costa Vicentina portuguesa e terminando a Sul da Argélia, viajando a uma velocidade média de 27743,8 quilómetros por hora, e encontrando-se a uma altitude de 337 quilómetros. A iniciativa surgiu após uma candidatura, via Internet, realizada há um ano, junto da Amateur Radio on the International Space Station (ARISS), o elo de ligação com a NASA.
Sandra Pinho
Edição Jornal de Noticias de 10 de Maio de 2007
O diálogo, sempre em inglês, abordou diversos temas. Questionada pelos alunos sobre quais as maiores limitações do espaço, Williams falou da alimentação, "é a maior condicionante, o menu repete-se durante 10 dias e temos de ser criativos na mistura da comida". O espaço é outro dos problemas, pois a ISS "tem o mesmo tamanho de um boeing 747", acrescentou.
Outra das questões colocadas, prende-se com a forma como os astronautas passam o tempo livre. "Gostamos muito de olhar pelas janelas, pois temos uma vista sobre a terra fantástica e aproveitamos para tirar fotografias", realçou. Para além disso, comunicam via Internet com familiares e amigos e ocupam-se com as tarefas diárias destinadas a cada elemento a bordo da estação espacial.
"Foi uma experiência única e enriquecedora, excedeu as nossas expectativas e a comandante era simpática e faladora", disse José Ribeiro, docente de Informática. Durante os nove minutos, cinco elementos (uma docente, três alunos e um aluno externo), com licença de rádio amador, colocaram 10 questões.
"A experiência foi arrepiante, não esperava um contacto tão próximo", exclamou Filipe Lopes, aluno da Faculdade de Engenharia do Porto. "O que mais me impressionou foi a limitação e monotonia alimentar". Na opinião de Teresa Ferrinho, docente de Físico-Química, este contacto "foi benéfico a nível pessoal e educacional, permitindo um contacto ao qual poucas pessoas têm acesso".
Para Pedro Pereira, aluno do 11º ano, foi inesquecível "Desde criança que tenho uma paixão pela astronomia, foi o concretizar de um sonho".
A ligação com o espaço foi realizada através da estação de radio amador da escola e teve uma duração de nove minutos. Durante esse curto período de tempo, a ISS deslocou-se desde o Atlântico Norte, seguindo pela Costa Vicentina portuguesa e terminando a Sul da Argélia, viajando a uma velocidade média de 27743,8 quilómetros por hora, e encontrando-se a uma altitude de 337 quilómetros. A iniciativa surgiu após uma candidatura, via Internet, realizada há um ano, junto da Amateur Radio on the International Space Station (ARISS), o elo de ligação com a NASA.
Sandra Pinho
Edição Jornal de Noticias de 10 de Maio de 2007
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