Está praticamente confirmado que o satélite AO-51 chegou ao final da sua vida útil após uma série de percalços nos últimos meses, em que a equipa de controlo teve que reinstalar o firmware do satélite várias vezes.
A última tentativa fracassou, avisou o vice-presidente de operações da AMSAT Andrew Glasbrebber, KO4MA, e está mais que provado que as baterias do satélite estão completamente esgotadas.
Os períodos de iluminação dos painéis solares nos próximos meses, e mesmo anos, são, na sua maioria, demasiado curtos para garantir o tempo necessário para recarregar o firmware.
O AO-51 está assim à mercê de períodos de eclipses solares prolongados, situação similar a vários outros satélites que se encontram em órbita.
Ao contrário de muitos dos seus companheiros de voo, o satélite depende do computador de bordo para a operação de todos os sistemas de comunicações e das instruções guardadas num sistema de memória volátil, que se apaga durante as falhas de energia e obriga a um reset do CPU principal.
Em operação desde 2004, o AO-51 revelou-se um dos melhores satélites do serviço de radioamador em órbita, graças ao um sofisticado sistema de repetidores em FM muito acessíveis às mais simples das estações terrestres.
Contudo, nem tudo está perdido, a avaliar o que disse o VP da AMSAT que, numa troca de mensagens do fórum da organização, explicou que a questão da memória volátil e outras particularidades do satélite em questão serviram de lição para o desenho do próximo LEO, o Fox.
O dirigente avançou que o novo satélite da AMSAT, visto por muitos como o substituto do AO-51, vai utilizar um sistema de memória não volátil para armazenar os parâmetros de vários sistemas da nave e que, mesmo em caso de falha das baterias, poderá continuar a transmitir e a aceitar tentativas de comando, desde que os painéis estejam iluminados.
fonte: AMSAT
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